Cara da Semana - Chris Ferreira

Chris Ferreira, 38 anos, ator, educador formado em Teatro - Arte e Educação, Diretor de Teatro e Dublador e Trade (investidor em ativos futuros na Bolsa)-Ufa - nasceu em São Paulo, pode ser encontrado no instagram no ( @chrisferreirasp) e é o nosso cara da semana!

Não bastasse tudo isso, ele é parte da " Cia de Teatro Os Hypócritas " e do  Projeto Sessão Click.

Recém solteiro,ele fala sobre família e compartilhou conosco sobre sua nova fase de vida, além de mostrar suas fotos!



- Do que você mais gosta no seu corpo e do que não gosta?

Comecei a fazer natação ainda bebê e fui direto até os 16 anos, e isso me deixou com ombros um pouco mais largos. Acho que por isso gosto do meu torax, costas e ombros. Não gosto muito dos lóbulos da minha orelha. Das entradas que, devido a calvície que vem chegando, está me deixando a cada dia com uma testa maior, e tbm não gosto muito dos quilinhos a mais que venho acumulando ao longo dos anos. Rsrs - Você faz algum tipo de esporte ou exercício?
Desde muito pequeno fiz muito esporte. Fiz natação, nos campeonatos escolares, taças do bairro e da cidade, joguei basquete, vôlei. Me locomovia pra todos os lugares de bicicleta e skate, fui jogador de futebol. Mas algumas lesões foram me impedindo de fazer algumas coisas e aos poucos foram me afastando dos esportes.
- Como é seu relacionamento com seus filhos.? O que a paternidade mudou em você.?
Isso é bem complexo. Tenho dos filhos. Um deles de 22 anos que mora em SC. Quando soube desse filho, ele ja tinha 4 anos. A relação foi surgindo, crescendo aos poucos, e com ela algumas desavenças e discordâncias com a mãe dele. Isso, e a distância, acabaram dificultando uma relação mais próxima. Mas o tempo é o dono de tudo, e meu filho cresceu e passou a enxergar as coisas com os próprios olhos e aos poucos passamos a ter uma relação melhor e mais próxima. Amo demais esse meu filho, e graças a Deus, mesmo diatantes, hoje temos uma boa relação. Meu outro filho tem quase 3 anos e com ele pude realmente vivenciar a paternidade.
Estive presente durante a gravidez, durante todo o trabalho de parto, dei o primeiro banho, pude estar presente e participar de cada detalhe, de cada momento. Eu queria muito ser pai, mesmo ja sendo, mas durante a gravidez comecei a questionar meu amor de pai. A mãe ja tem amor e vínculo desde o primeiro momento, a vida está crescendo dentro dela. Mas eu não conseguia sentir esse amor pela barriga e me achava um pai horrível. Mas após o nascimento, rapidamente algo mudou, e nasceu um amor, um brilho mos olhos. E então a cada novo dia, a cada novo sorriso, a cada aprendizado, a cada troca de roupa, a cada banho eu descobri um amor sem limites. Um amor que cresce a cada dia, que ultrapassa todos os outros e surpreende quando não para, nunca, de crescer. E esse amor nos muda completamente. Não existe mais o eu, apenas o ele. Não faço mais nada pensando em mim, apenas nele. Esse é o maior amor do mundo, um amor infinito, que não sei onde vai parar. - Sempre quis ser ator? Como é ser ator no Brasil atual.?
Por volta dos 12 anos de idade fiz amizade com uma menina da escola, (Elisa Colepicolo) que fazia Teatro no Celia Helena. Um dia fui assitir uma apresentação dela e fiquei completamente maravilhado com aquele mundo encantado, e decidi que também queria fazer Teatro. Mas não tinhamos dinheiro pra pagar um curso. Quando eu tinha 14 anos, minha mãe ouviu no rádio que estavam abertas as inscrições para um curso gratuito de Teatro no Sesi Leopoldina. Me inscrevi, fiz o curso que finalizou em uma apresentação de "Sonho de Uma Noite de Verão" de Shakespeare. Ai eu ja estava ganho por esse mundo mágico. Com o sucesso desse curso, o Sesi Leopoldina resolveu criar um núcleo fixo de artes cênicas, para o qual fui convidado a participar e nunca mais parei de fazer Teatro.
Mas ser Artista no Brasil nunca foi nada fácil e hoje em dia está ainda mais difícil. Vivemos num país onde não tem nem a Educação como suas prioridades, imagina então como é a cultura. Infelizmente não temos apoio, não temos incentivo nenhum. Fazemos arte por amor, pq realmente não conseguimos viver sem fazer arte. Vivemos na informalidade e muitas vezes pagamos pra fazer o que tanto amamos. Mas nunca desistimos e nunca iremos desistir. - Como está sendo a quarentena? Acha que algo vai mudar depois disso, ou as pessoas tem memória curta.?
Eu sou uma pessoa bem caseira, então o ficar em casa não está me incomodando muito. O que está difícil é a falta de dinheiro, a falta de trabalho. Nós artistas que não temos nada fixo, que vivemos de produções diárias, estamos passando por um verdadeiro apuro com relação a grana.
Quanto a mudanças, acho muito difícil que algo mude na nossa população. Uma população sem educação, sem empregos, sem estrutura, sem saneamento básico, não vai se preocupar com o amanhã, pois essa população está preocupada com o que colocar de comida em sua mesa hoje. Creio que quando tudo isso passar, voltaremos a viver da mesma forma que sempre foi. - Fala um nome de referência para você na atuação ou direção...
Eu tenho algumas referências famosas e outras não tão conhecidas. Dos famosos os montros Matheus Nachtergaele, Fernanda Montenegro, Marco Nanini e o ator e diretor Selton Mello. Agora dos menos famosos mas não menos monstruosos, Déborah Serretiello, Paulo Marcos, Renata Zhaneta e Guilherme Sant'Anna que foram meus Mestres e Diretores. Com eles aprendi muuuuito, refinei meu trabalho e me tornei um ator e uma pessoa melhor. Muito obrigado Mestres.
- Como pretende estar em 10 anos ?
Eu pretendo estar com meu trabalho de ator e diretor mais reconhecido, com estabilidade financeira e pretendo estar atuando também no cinema - Balada ou Netflix?
Netflix - Do que você mais gosta na cama?
Da troca, da dedicação ao outro, da doação ao prazer sem limites. - Um sonho ?
Pensando no macro sonho com o dia em que teremos um país que colocará a maior parte dos seus investimentos em educação, onde os professores sejam as pessoas mais respeitadas e bem pagas, onde a Educação e a Cultura sejam nossas bases e os Educadores e Artistas tenham estabilidade finaceira e possam se dedicar apenas ao que amam e não precisem deixar sua paixão de lado para conseguir por comida na mesa. Agora pensando no micro, ver meu rosto pelas telonas do mundo a fora. - O que te faz rir, E o que te faz chorar ?
A Família e meu trabalho me fazem rir, me fazem feliz. Não conseguir sustentar a mim e a minha família apenas com o trabalho que amo me faz chorar.
- Quem é você ?
Eu sou um Ator, Educador e Diretor dedicado e apaixonado pelo que faz. E sou um Pai ainda mais apaixonado e dedicado. Sou uma pessoa simples e sonhadora, que ama a vida, que ama viver intensamente.

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